sexta-feira, 17 de abril de 2009

Plantas transgénicas podem prevenir Sida...

Investigadores dos Estados Unidos e Inglaterra usaram uma planta infectada com um vírus, geneticamente modificado, para sintetizar uma proteína que impede a infecção das células pela Sida.

Esta descoberta permitirá a produção em larga escala de uma substância que poderá ser usada num gel eficaz evitando a transmissão do vírus pelo contacto sexual. A proteína estudada foi a griffithsina (GRFT), isolada da alga vermelha Griffithsia. Contudo, o processo de extracção e produção laboratorial é caro, o que dificulta a sua utilização.


A alga vermelha Griffithsia corallinoides

A equipa de investigação, liderada por Kenneth Palmer, da Escola de Medicina da Universidade de Louisville, Estados Unidos, encontrou a solução, usando a planta Nicotiana benthamiana, para sintetizar uma proteína idêntica à griffithsina. O grupo modificou o vírus mosaico do tabaco com um gene da proteína.

Estas plantas modificadas acumularam 1g de proteína recombinante, num Kg de folhas. Esta taxa de expressão da proteína é significativamente mais elevada do que a obtida por meio de microrganismos ou do que os níveis de outras proteínas de prevenção da Sida, produzidas a partir de plantas. Essa taxa é suficiente para a produção de microbicidas em larga escala e a baixo custo.
Para inibir a transmissão da Sida, a proteína liga-se a moléculas de açúcar que o vírus usa para se "disfarçar" no sistema imunitário. Dessa forma, impede a interacção do vírus com as moléculas CD4 (presentes na superfície de alguns linfócitos) com receptores que permitem a entrada do vírus nas células humanas.Os resultados da pesquisa, publicados na revista PNAS, indicaram que a proteína recombinante é estável em diversas condições físicas e não causa irritação ou inflamação. Além disso, a proteína não induz a activação e divisão de linfócitos humanos, o que poderia aumentar o risco de entrada do vírus, em vez de prevenir a sua transmissão, já que os linfócitos são os seus alvos.
Fonte:biologia-geologia.com

Exame simples pode detectar risco de Alzheimer ainda na juventude!!!

Gene ApoE4 está ligado à hiperactividade no hipocampo

Um exame que detecta hiperactividade numa região do cérebro com funções vitais na memória poderá bastar para indicar se um adulto jovem corre mais risco de desenvolver Alzheimer décadas depois, podendo assim ser tratado precocemente.


Esta é a principal conclusão de um estudo realizado pela Universidade de Oxford e do Imperial College de Londres em que foi comparada a actividade cerebral de 36 voluntários com idades entre 20 e 35 anos através de imagiologia por ressonância magnética, sendo metade deles portador do gene ApoE4, relacionado com a doença.

Todos os presentes desempenharam normalmente as tarefas que lhes foram pedidas para avaliar as suas capacidades cognitivas. Os investigadores consideram que os portadores do gene ApoE4, ligado à hiperactividade no hipocampo, têm mais possibilidades de desenvolver a doença do que os não portadores.


A descoberta poderá ser um primeiro passo para desenvolver um método simples de identificação de pessoas com mais possibilidades de desenvolver a doença quando ainda são jovens.


Desta forma, através de um simples exame, será possível aconselhar um tratamento precoce a quem tenha um risco mais elevado de sofrer de Alzheimer. A doença de Azheimer, a causa mais comum de demência, afecta entre 60 mil e 70 mil pessoas em Portugal, segundo as estimativas mais recentes.

Fonte: cienciahoje.com

Utilizadores preocupam-se mais com estética de telemóveis do que com níveis de radiação!
Universidade de Coimbra adverte para efeitos electromagnéticos na saúde humana!

O valor de SAR varia consoante o modelo de telemóvel

A maioria dos utilizadores de telemóvel desconhece os níveis de radiação do seu aparelho, preocupando-se mais com questões estéticas ou tecnológicas quando tem de escolher um modelo, alertou o especialista Santos Rosa.

O professor catedrático da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra (UC) adverte que o utilizador comum ainda não se consciencializou com a problemática das radiações electromagnéticas e dos seus efeitos na saúde humana.
As pessoas compram os telemóveis por serem bonitos, por terem ou não 3G, porque têm uma câmara melhor, têm ou não mp3 e nunca vêem o SAR,(Specific Absorption Rate, em português Taxa de Absorção Específica, a quantidade de energia que o corpo absorve quando se está ao telemóvel).
O valor de SAR varia consoante o modelo de telemóvel, se o utilizador está numa zona de boa ou má cobertura e, inclusive, um mesmo modelo pode ter níveis diferentes de radiação. Basta haver uma ligeira alteração no material em que é feito o telemóvel, como a capa, para alterar o valor de energia que a cabeça vai absorver.
Para Santos Rosa, a radiação electromagnética "pode até ser inócua", mas trata-se de algo "que não é natural", pelo que recomenda "bastante cuidado, tendo em conta que um ambiente artificial pode ter consequências que se desconhecem". A alerta é mais perigosa quando estão em causa crianças, aconselhando a moderação no uso do telemóvel "porque a parte cerebral e as defesas imunitárias ainda estão a desenvolver-se".
Olimite de SAR foi estipulado para não se chegar ao "efeito térmico", em que as radiações, "ao atingirem os tecidos, provocam um aumento de temperatura". Se "o efeito térmico" for muito elevado pode provocar danos na saúde" e é nisso que os limites estão baseados.
O especialista diz ser "mais ou menos consensual que as exposições até dez anos, em princípio, não provocarão cancro", mas lembra que acima deste período "ainda não existem resultados fiáveis porque há muito poucas pessoas que utilizam o telemóvel há mais de uma década".


Reflexão do grupo:

Neste texto são abordados dois assuntos. A questão da importância relativa que as pessoas atribuem à componente estética e à emissão de radiação electromagnética de um telemóvel e os níveis seguros de emissão/absorção de radiação.O primeiro aspecto não é estranhamente surpreendente, pensar dá trabalho e os aspectos estéticos são sempre valorizados em detrimento da segurança.Quanto aos níveis de segurança de exposição, parece-nos que a estratégia de definição dos níveis de exposição, como em muitos outros aspectos, segue a via epidemiológica.

Fonte: cienciaviva.com