sábado, 28 de março de 2009

Eczema atópico não é uma doença exclusiva das crianças




Apesar de ser mais frequente nas crianças, o eczema ou dermatite atópica pode persistir ou até mesmo surgir pela primeira vez durante a idade adulta, afectando significativamente a qualidade de vida dos doentes. Existe formas de eczema atópico gravissimos em adultos, mas a maior parte dos casos verifica-se nas crianças, que com a entrada na adolescência melhoram substancialmente.




Por eczemas ou dermatite atópica estende-se uma manifestação inflamatória crónica da pele determinada de forma genética. No fundo, é uma espécie de asma da pele, ou seja, faz parte da diátese atópica, uma vez que as crianças com tendência para rinite alérgica e asma têm uma maior predisposição para a pele seca.




Apesar de não ser uma doença infecciosa, a infecção secundária das lesões é frequente, sendo que numa fase inicial a doença manifesta-se essencialmente através de uma maior secura da pele, acompanhada por vermelhidão, pequenas borbulhas e também comichão sobretudo ao nível do rosto, do tronco e da superfície de extensão dos braços.




As zonas do corpo mais afectadas são, em regra, as bochechas, no caso dos bebés e as pregas dos braços e pernas nas crianças mais velhas, existindo também algumas formas localizadas da doença, nomeadamente nas pálpebras, nos lábios ou nas pontas dos dedos.




Em rigor, o eczema atópico pode surgir em qualquer área corporal e, eventualmente, na forma mais grave da doença, atingir a pele a 100 por cento.




Apesar desta patologia não ter cura, os doentes podem ter remissões muito prolongadas e estar assintomáticos por longos períodos, eventualmente até anos, isto se forem seguidos por uma especialista.




Como referimos em cima, esta é uma doença que não tem cura, mas é fácil de controlar, nomeadamente através de uma boa hidratação da pele com cremes de hidratação tópica.




Contudo, por volta dos 13 ou 14 anos de idade, os jovens deixam gradualmente de ter uma pele tão seca, com tantas crises, o que faz com que esta normalize, embora fiquem quase sempre com alguma tendência para uma pele um pouco mais seca e mais sensível.




Quando se manifesta na idade adulta, esta patologia pode afectar significativamente a qualidade de vida dos doentes, que podem ter crises frequentes e muito demoradas. Além disso, o prurido interfere com o sono e com a auto-imagem de cada um, condicionando bastante a vida social destes doentes.




Em Portugal, estima-se que a dermatite atópica afecte cerca de 10 por cento das crianças, sendo a doença crónica mais frequente durante o primeiro ano de vida, acabando por desaparecer na maior parte dos casos. No entanto, quando se manifesta numa fase mais tardia, a doença tende a persistir durante mais tempo.










Como controlar o eczema atópico:

  • Hidratação diária da pele;
  • Evitar tomar mais do que um banho por dia, que deve ser rápido, com água morna e usando sempre sabonetes próprios, normalmente sintéticos, com substâncias que respeitam o PH da pele;
  • Uso de roupa de algodão, tendo particular atenção ás etiquetas, evitando as lãs e os materiais sintéticos;
  • Evitar vestir roupa nova sem antes a ter lavado;
  • Evitar o sobreaquecimento das casas, nomeadamente dos quartos;
  • Arejar a casa com frequência;
  • Utilizar almofadas e colchões de espuma;
  • Evitar que as crianças brinquem com brinquedos de pelúcia ou de plástico.


sexta-feira, 27 de março de 2009

O Inimigo Da Pele!

Rugas, cabelos frágeis, envelhecimento?
Fuma?
A solução é parar de fumar!
Então olhe-se ao espelho. A sua pele tem rugas profundas, os seus cabelos são frágeis, as suas unhas fracas e as suas gengivas ficam facilmente irritadas?


Pois é, a resposta está no cigarro e você apresenta o que se chama “cara de fumador”, com a pele áspera e um tom cinza, os lábios e os olhos rodeados por rugas finas, superficiais profundas linhas nas bochechas e queixos. É que, de acordo com especialistas, as rugas dos fumadores são diferentes, mais estreitas e profundas.


E não é só a pele que se ressente do fumo: o couro cabeludo perde o brilho, torna-se frágil, aumenta a sua porosidade e retém o cheiro do cigarro. Além disso, segundo os dermatologistas, as unhas ficam fracas e perdem brilho.



Mas nem tudo está perdido. Os especialistas garantem que os danos causados pelo tabaco podem ser reversíveis, desde que se deixe de fumar. Além disso, adiantam, é na pele que se notam os primeiros efeitos positivos depois de abandonar o vício: fica mais macia e hidratada.

A solução para os fumadores é fazer um programa anti-envelhecimento precoce.

Aqueles que não quiserem ter esse trabalho, pensem bem antes de começarem a fumar.

Fonte: Notícias de Sábado

Incontinência Urinária

É possível curar ou controlar, desde que a doença seja diagnosticada a tempo.

Os sintomas da incontinência urinária são muito frequentes, no entanto, devido à vergonha e por continuar a ser um verdadeiro tabu, apenas uma minoria dos doentes são diagnosticados correctamente. Deste modo, muitos são os que ficam de fora, sem o devido tratamento que, em alguns casos, os pode curar, noutros, controlar a doença.
14 de Março é o Dia da Incontinência Urinária.
A doença pode surgir em qualquer idade e afecta cerca de vinte por cento da população portuguesa activa e mais cinquenta por cento dos idosos institucionalizados. Quando devidamente diagnosticada, pode ajudar-se o paciente a mudar hábitos e assim controlar a doença ou, então seguir determinada medicação. Há casos em que a cirurgia é essencial.
Mas, e como sempre, sem diagnóstico a doença toma maiores proporções e o seu tratamento acaba por ter custos mais elevados do que o do cancro da mama ou o programa de transplante renal. E que as incapacidades para trabalhar, as limitações na vida pessoal e social, a depressão, infecções e internamentos, são tudo custos indirectos da doença. Vale a pena diagnosticar a tempo e prevenir.

Fonte: Notícias de Sábado
Organismos Geneticamente Modificados (OGM’S)

São organismos obtidos após a introdução de material genético de outra espécie, ou após modificação da sua linhagem genética por manipulação do seu próprio material genético, de uma forma que não acontece naturalmente, através da tecnologia do DNA recombinante ou engenharia genética. O uso de organismos geneticamente modificados pode apresentar vantagens e desvantagens.
Algumas Desvantagens:

Os riscos em usar OGM´S podem estar relacionados com o ambiente, a saúde e com questões de controlo de empresas.
  • Os OGM´S podem criar reacções alérgicas;
  • As culturas geneticamente modificadas resistentes as herbicidas podem polinizar espécies nativas transferindo os genes de resistência para estas e pode-se correr o risco de as ervas daninhas igualmente serem resistente aos herbicidas;
  • Plantas preparadas para resistir a determinados vírus ou bactérias podem estimular o surgimento de novas variantes do mesmo vírus, podem ocorrer também que isso induza os vírus a procurarem um novo hospedeiro;
  • A nível dos recursos genéticos podem provocar o desequilíbrio de micro e macro ecossistemas;
  • Reduções da diversidade biológica, uma vez que inseridos reduzem a cobertura vegetal e matam os insectos;
  • Podem prejudicar os animais que dependem da cobertura vegetal alterada pelos OGM´S;
  • Contaminação da base genética com consequências imprevisíveis, daí o desequilíbrio do ecossistema;
  • As pragas e doenças podem tornar-se resistentes às culturas OGM´S por contínuo contacto com o OGM;
  • Questões éticas.

Algumas Vantagens:

  • Tolerância a uma vasta gama de condições do solo e de clima, isto porque poderá ser possível modificar culturas que sobrevivem em condições hostis a tais como solos salubres, alcalinos, tóxicos ou secos;
  • Possibilidade de haver menor uso de produtos químicos nas lavouras, com menos contaminação do ambiente;
  • Possibilidade de garantir reservas biológicas considerando que se reduz a necessidade de expandir as áreas de cultivos, devido ao possível aumento de eficiência de produção;
  • Produção melhorada - a proporção das partes mais úteis de uma planta pode ser aumentada, por exemplo, aumentar o tamanho do grão e reduzir a haste;
  • Melhor controlo de ervas daninhas – pode-se desenvolver plantas mais tolerantes a agro tóxicos, portanto, mais químicos podem ser usados para controlar as pragas e ervas sem prejudicar as culturas;
  • Resistência a doenças – desenvolvimento de culturas resistentes a vírus e doenças;
  • Possibilidade de produzir variedades mais nutritivas, o que pode ajudar a resolver o problema da deficiência em algumas vitaminas;
  • Possibilidade de melhorar certas características de uma determinada espécie inserindo partes genéticas de outra espécie.


Reflexão do grupo:
Será esta produção conveniente para a saúde humana? Considerando que alguns humanos apresentam alergias e outras reacções a certos produtos, teria o nosso país capacidades de mitigação de um provável problema explosivo que pudesse surgir da utilização massiva?



Fonte:
habitosalimentares.blogs.sapo.pt/7673.html
pt.wikipedia.org/wiki/OGM



quinta-feira, 12 de março de 2009


A tiróide é uma glândula localizada na parte anterior do pescoço e produz os hormônios T3 (triodotironina) e T4 (tiroxina) que actuam em todo o nosso organismo, regulando o crescimento, digestão e o metabolismo.
Cerca de 10% das mulheres acima de 40 anos e em torno de 20% das que têm acima de 60 anos manifestam algum problema na tiróide. Algumas estatísticas demonstram que 1 em cada 5 mulheres que procuram os seus genecologistas para iniciar a terapia de reposição hormonal apresenta, na verdade problemas tiroidianos. Porém é importante estar atento pois todas as pessoas, independente de sexo e idade estão sujeitas a alterações desta glândula.










Qual a função da tiróide no nosso corpo?

A tiróide é uma glândula localizada na parte anterior do pescoço e produz os hormônios T3 (triodotironina) e T4 (tiroxina) que controlam o metabolismo do organismo, actuando nos processos de ganho e perda de peso, bem como na regulação da temperatura corporal. A tiroxina aumenta o metabolismo celular relacionando-se portanto, com o desenvolvimento, diferenciação e crescimento. Quando ela não funciona adequadamente pode levar a repercussões em todo o corpo em graus de severidade variáveis - desde sintomas que muitas vezes podem passar despercebidos até formas graves que podem trazer risco de vida.



A que se deve os problemas dessa glândula? Quais são as consequências para o organismo?

As doenças da tiróide têm várias causas: defeitos no funcionamento e produção dos hormônios na própria glândula (incluindo a causa auto-imune, que é a mais comum), defeitos em regiões do cérebro, conhecidas como hipófise e hipotálamo, que controlam a tiróide e sinalizam a produção dos hormônios tiroidianos.
Quando a tiróide não está a funcionar adequadamente pode liberar hormônios em excesso, levando ao hipertiroidismo, ou em quantidade insuficiente, o que causa o hipotiroidismo. Se a glândula está hiperfuncionante ocorre uma aceleração do metabolismo em todo organismo, podendo ocorrer agitação, diarreia, taquicardia, perda de peso etc. Ao contrário, quando a glândula está hipofuncionante pode ocorrer cansaço, fala arrastada, intestino preso, ganho de peso.







Como se identifica o cancro de tiróide?

O cancro da tiróide corresponde a 1% de todas as neoplasias malignas e a sua incidência varia de acordo com o país estudado, facto que pode ser explicado por variações alimentares, principalmente quanto à ingestão de iodo.
Geralmente predomina no sexo feminino, com prevalência de quatro casos por milhão de habitantes. Outros factores implicados no desenvolvimento deste tipo de cancro são a radiação, os factores familiares e algumas síndromes (síndrome de Gardner, síndrome de Cowden).
A formação do cancro tiroidiano ocorre devida a certas células tiroidianas (que antes eram típicas desta glândula) se tornarem anormais e não acompanharem o ciclo de crescimento comum. Quando essas células anormais continuam a crescer de maneira descontrolada formam um tumor.
Em relação ao diagnóstico, a maioria dos pacientes apresenta nódulos, geralmente achados no auto-exame ou durante a realização do exame de ultrassom - que ainda é o melhor método para determinar o número, o tamanho e o conteúdo dos nódulos tiroidianos. Caso haja características suspeitas em um nódulo com diâmetro superior a 1 cm é solicitado o exame de punção aspirativa por agulha fina (PAAF). Este exame é, actualmente, o melhor método para o diagnóstico diferencial em portadores de nódulos tiroidianos.









Quais são os tratamentos mais eficientes? Como funcionam, quanto tempo demoram e quais os exames que identificam a doença?


A reposição hormonal é o tratamento de escolha do hipotiroidismo e visa repor o hormônio que a tiróide não consegue produzir. O hormônio sintético da tiróide usado no tratamento é chamado levotiroxina sódica, vendida em comprimidos que devem ser tomados diariamente em jejum. A dose da medicação varia de pessoa para pessoa e é ajustada por meio de exames de sangue (dosando o TSH e o T4 livre). Para a grande maioria dos pacientes, o hipotiroidismo é definitivo e o tratamento deve ser contínuo, por toda a vida.








Existe alguma faixa etária feminina na qual o desenvolvimento da doença é mais comum? Porque é que os homens não têm tantos problemas ligados às doenças da tiróide?


Todas as doenças tiroidianas incidem mais em mulheres do que em homens. O pico de incidência gira em torno dos 20 aos 50 anos. Ainda não se sabe o porquê das doenças tiroidianas incidirem mais no sexo feminino. Existem trabalhos, ainda em desenvolvimento para estudar se há relações entre as tiroidopatias e os estrogénios (hormônios femininos), mas sem conclusões definidas.

domingo, 8 de março de 2009

Mecanismo de "reeducação" de células do sistema imunitário

Investigadores portugueses descobriram como identificar e controlar células imunitárias(linfócitos T) para as fazer actuar contra infecções e não para promoverem doenças auto-imunes, num estudo que poderá ter importantes aplicações terapêuticas.


(Imagem de um linfócito, registada por um microscópio electrónico)


Os investigadores portugueses descobriram uma maneira de diferenciar duas populações de linfócitos T que produzem factores com actividades biológicas distintas.

Os linfócitos T são glóbulos brancos produzidos no timo, um órgão situado sobre o coração, que combatem infecções e cancro. Contudo, estas células podem também ter efeitos indesejáveis, sobretudo se atacarem as próprias células do organismo.


Enquanto que um dos factores produzidos por estas células, o Interferão-gama, é importante no combate a vírus e a tumores, o outro, a interleucina-17, apesar de também estar envolvido na resposta às infecções, tem efeitos maléficos e está na base de doenças inflamatórias e auto-imunes, como a diabetes ou a esclerose múltipla.


O que distingue estas duas populações é um receptor, designado CD27, que está na superfície das células e lhes transmite sinais que recebe do exterior.
Os investigadores conseguiram manipular esse receptor de forma a controlar a geração das duas populações de linfócitos T.

Dadas as funções distintas das duas populações de células este conhecimento poderá ter importantes aplicações terapêuticas.


O processo que identificaram funciona como uma reeducação das células T dos ratinhos e abre perspectivas na imunoterapia de doenças inflamatórias e auto-imunes.


Apesar deste trabalho ter sido realizado em modelos de experimentação animal, Bruno Silva-Santos o responsável pela equipa de investigação garantiu dispor de evidências preliminares da conservação destes fenómenos nos seres humanos.


Por isso, referiu que a investigação futura da sua equipa "irá analisar o potencial de aplicação destes conhecimentos em células humanas".


O estudo contou com a colaboração do Instituto Gulbenkian de Ciência (IGC), ao qual esta equipa do IMM está associada, bem como de investigadores estrangeiros nos Estados Unidos, Holanda e Reino Unido.


Fonte: www.sic.pt

Mutações génicas
As mutações génicas correspondem a mutações, que afectam um único gene, em que um dos alelos sofre modificações devido a pequenas alterações no número ou na sequência de nucleótidos.

Dois acontecimentos que marcaram a história mostram exemplos dessas mutações.

Chernobyl

Há 23 anos, em 1986, o reactor nº 4 da central nuclear de Chernobyl, na Ucrânia, explodiu, traduzindo-se na maior catástrofe da indústria nuclear.
Devido à radioactividade, as mutações resultantes do acidente aumentaram os casos de cancro da tiróide, problemas de coração e provocaram o aparecimento de deformações congénitas.
Ainda hoje nascem crianças com mutações génicas.



Vietnam

Entre 1961 e 1971 aviões americanos despejaram toneladas de herbicidas conhecidos como “agentes laranja” sobre o território vietnamista para matar a vegetação densa que escondia e emboscava os vitcongs.
Como este produto contém grandes quantidades de dioxina, para além da vegetação, também os humanos foram afectados.
Provocou doenças e alterações genéticas em milhares de indivíduos que continuam a ser transmitidas às gerações seguintes.