terça-feira, 24 de fevereiro de 2009

A genética da amizade!


É daquelas pessoas que faz amigos em todo o lado onde vai?


Então, fique a saber que o segredo está nos seus genes!

Os investigadores norte-americanos Nicholas Christakis e James Fowler, das universidades de Harvard e da Califórnia, respectivamente, demonstraram no seu estudo publicado na revista Proceedings of the National Academy of Sciences que a a capacidade para fazer amizades também é, em boa parte, hereditária.

Juntamente com Christopher Dawes, os dois investigadores analisaram os perfis sociais de 1110 gémeos, alguns verdadeiros, aqueles que partilham os mesmos genes, outros falsos, os que só têm em comum metade do código genético. Visto que os gémeos partilham um mesmo ambiente, este estudo procura desvendar o impacto que os genes têm em diversos aspectos. Descobriu-se, então, uma maior semelhança entre as redes sociais e ligações dos gémeos verdadeiros.

Uma das conclusões alcançadas foi que o grau de interconexão entre os nossos amigos depende dos nossos genes. “Algumas pessoas têm quatro amigos que se conhecem”, revela Christakis. Ou seja, “se o Dick e o Harry se conhecem, isso depende dos nossos genes do Tom”, esclarece. A pesquisa encontrou aquilo que parece ser uma tendência genética para se apresentar os amigos uns aos outros. Assim, os investigadores acreditam que pode existir uma explicação evolucionária para que uma pessoa fique no coração de um grupo ou à margem deste. Essa crença relaciona-se com o facto das pessoas que estão no meio de uma extensa rede social poderem estar mais expostas a boatos úteis, que vão desde a localização de comida até às boas hipóteses para investimentos.


“Uma das coisas que este estudo nos diz é que as redes sociais são uma parte fundamental da nossa herança genética”, esclareceu o investigador James Fowler, acrescentando ainda que é possível “que a selecção natural esteja a actuar não apenas em como de podemos ou não resistir a uma comum constipação, mas também em quem vai entrar em contacto com quem”.



Fonte: Revista Focus (semanal de 18 a 24/02/2009

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009

Centistas europeus descobrem como transformar células embrionárias em neurónios!



Cientistas europeus descobriram como transformar células embrionárias em neurónios do córtex cerebral, abrindo novas perspectivas para a investigação médica sobre doenças neurológicas.
O córtex cerebral é uma estrutura complexa, constituída por células nervosas ou neurónios, onde surgem doenças como a epilepsia, a doença de Alzheimer.
Nicolas Gaspard, da Universidade Livre de Bruxelas, descobriu que as células embrionárias "podem ser transformadas em neurónios do córtex de acordo com um mecanismo simples e eficaz, resumindo a essência da complexidade do córtex cerebral, mas dentro de caixas de cultura celular”.

Esses neurónios, gerados totalmente fora do cérebro, foram depois transplantados para cérebros de ratos. Um mês depois, examinando o cérebro dos ratos, foi possível ver que os novos neurónios ligaram-se ao cérebro, formando canais adequados para o efeito demontrando assim que os neurónios são funcionais".

Houve pela primeira vez acesso a um fonte ilimitada de neurónios específicos do córtex. Os investigadores acreditam que esta nova descoberta "é uma ferramenta inovadora para a investigação" e poderá ser utilizada para testar novos medicamentos.

Este método poderá também constituir uma alternativa para algumas experiências em animais e humanos. A longo prazo, este trabalho abre também a perspectiva de transplantes intracerebrais contra doenças degenerativas, vasculares cerebrais ou traumas que afectam o córtex.

Fonte:www.ciênciahoje.com

Esquizofrénicos apresentam mutações genéticas únicas

Os esquizofrénicos apresentam um grande número de raras mutações genéticas que interrompem o desenvolvimento cerebral.



As pessoas que padecem desta grave doença mental têm três a quatro vezes mais anomalias genéticas raras do que as pessoas sãs, e estas mutações afectam os genes que regulam o funcionamento do cérebro.


Estas anomalias podem consistir na supressão ou na duplicação de cadeias de ADN e diferem segundo os doentes, e por isso as marcas genéticas da doença são diferentes entre si e únicas para cada doente.


A esquizofrenia é uma doença mental crónica que afecta um por cento da população.



Os doentes sofrem de alucinações, ilusões, sentimentos de perseguição e pensamentos desorganizados, podendo alguns destes sintomas ser tratados com neurolépticos mas não podem ser curados.


Os estudos precedentes estabeleciam que a origem da doença estava ligada a um conjunto de mutações genéticas correntes.


No entanto, um novo estudo vem sugerir que a assinatura genética da esquizofrenia, tal como a do autismo, é mais complexa do que se pensava até agora e implica uma dezena, ou até mesmo uma centena, de genes, cujo funcionamento foi interrompido por duplicações ou supressões no ADN.




Fonte:www.ciênciaviva.com

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Asma

O que é Asma??
“A asma é uma doença inflamatória crônica das vias aéreas. Em indivíduos susceptíveis esta inflamação causa episódios recorrentes de tosse, chiado, aperto no peito, e dificuldade para respirar. A inflamação torna as vias aéreas sensíveis a estímulos tais como alérgenos, irritantes químicos, fumaça de cigarro, ar frio ou exercícios”.

“Quando expostos a estes estímulos, as vias aéreas ficam edemaciadas (inchadas), estreitas, cheias de muco e excessivamente sensíveis aos estímulos”. (GINA – Iniciativa Global para a Asma).
Na definição acima, temos algumas pistas importantes sobre esta doença:
  • Doença inflamatória: – significa que seu tratamento deve ser feito com um antiinflamatório.
  • Doença crônica: – a asma não tem cura, mas pode ser controlada.
  • Indivíduos susceptíveis: – nem todas as pessoas têm asma; é preciso ter uma predisposição genética que, somada a fatores ambientais, determinam a presença da doença.
  • Episódios recorrentes de sintomas:- os sintomas não estão presentes o tempo todo, são as manifestações de uma piora da inflamação, esta sim presente cronicamente.
  • A inflamação torna as vias aéreas sensíveis a estímulos: é a inflamação que deixa as vias aéreas mais sensíveis, o que confirma o importante papel da inflamação nesta doença.
  • Quando expostos a estímulos, as vias aéreas se tornam edemaciadas, estreitas, cheias de muco: - existem estímulos que desencadeiam as crises de asma. A presença destes estímulos, que também chamamos de desencadeadores, causa o inchaço, a presença de muco e o estreitamento das vias aéreas dificultando a passagem de ar, daí os sintomas da asma nos momentos de crise.





Como tratar?


O factor fundamental para diminuir a frequência das crises e manter a asma sob controlo é a consciencialização do paciente, da família e pessoas próximas ao asmático, ou seja, todos precisam estar capacitados a lidar com a doença


As crises graves de asma podem levar à morte e pesquisas recentes demonstraram que a maioria dos casos fatais ocorreu no caminho para a emergência. Isto poderia ser evitado se houvesse maior conhecimento do paciente, familiares sobre a gravidade dos sintomas e a busca precoce do atendimento emergência.


Todo paciente com asma deve ter em mãos um “plano de acção”, elaborado pelo médico com um passo a passo sobre o que fazer durante uma crise, além do controle dos sintomas.
Os objectivos do tratamento da asma são:

  • Controlar sintomas;
  • Permitir actividades normais – trabalho, escola e lazer;
  • Evitar crises, idas à emergência e hospitalizações;
  • Reduzir a necessidade do uso de bronco dilatados para alívio;
  • Manter a função pulmonar normal ou a melhor possível;
  • Minimizar efeitos adversos da medicação;
  • Prevenir a morte.

O maior impedimento para que se atinjam objectivos é a falta de adesão ao tratamento recomendado pelo médico, o que muitas vezes é gerado pelo medo de uso de medicações. Mitos como os de que a medicação vicia, a “bombinha” mata e os corticóides engordam, acabam por reduzir o uso das medicações recomendas e afastar os pacientes do controle da asma.

Materiais que provocam invisibilidade

O Centro de Tecnologia Nanofotónica de Valência, em Espanha, desenvolveu novos materiais com propriedades que podem provocar a invisibilidade em dimensões nanométricas. De acordo com a Agência Lusa, o estudo pretende ser aplicado nas áreas da segurança e defesa.

O projecto CONSOLIDER quer produzir materiais em escalas maiores «sem alterar as propriedades» que geram a invisibilidade. As aplicações a esses materiais poderiam conseguir que submarinos, satélites ou aviões ficassem invisíveis aos radares ou sistemas de sonar.

Através dos metamateriais desenhados com propriedades e estruturas específicas para alterar o caminho dos raios de luz que reflectem nos objectos consegue-se a invisibilidade. Assim, a luz viaja em direcção ao objecto, mas não chega a tocar, nem a reflectir neste.

domingo, 15 de fevereiro de 2009

Cancro

Cancro...




A própria palavra cancro ainda assusta muita gente, isto porque ainda existem muitas idéias erradas sobre a doença e, infelizmente, a maioria das pessoas ainda pensa que cancro é sinónimo de morte. A palavra cancro tem origem latina e significa, literalmente, caranguejo.


Tem esse nome, pois as células doentes atacam e se infiltram nas células sadias como se fossem os tentáculos de um caranguejo. Até hoje há quem evite pronunciar a palavra “cancro” e atribui à doença alguns, digamos, apelidos. Portanto, parece-nos que própria palavra cancro já traz em si alguns mitos. Muitas vezes uma má interpretação de factos relacionados ao cancro ou uma generalização de um caso isolado da doença assim como especulações acabam por fazer com que ideias e até mesmo crenças se apresentem como verdades. Vejamos, a partir de algumas dúvidas comuns, o que é mito e o que é verdade em relação ao cancro.



O cancro é contagioso?


Mito. Mesmo o cancro causado por vírus não é contagioso, ou seja, não passa de uma pessoa para a outra por contágio como ocorre com resfriados, por exemplo. No entanto, alguns vírus oncogénicos, isto é, capazes de produzir cancro, podem ser transmitidos através do contacto sexual, de transfusões de sangue ou de seringas contaminadas utilizadas para injectar drogas.


Desenvolver um cancro é um castigo?


Mito. Há várias causas para o cancro, sobretudo tabagismo, consumo exagerado de álcool, maus hábitos alimentares, sedentarismo que são os principais responsáveis pelos casos de cancro.


Pessoas na minha família tiveram cancro, terei também porque o cancro é hereditário?


Mito. Em geral, o cancro não é hereditário. Há apenas alguns raros casos que são herdados, tal como o retinoblastoma, um tipo de cancro de olhos que ocorre em crianças. Entretanto, existem alguns factores genéticos que tornam determinadas pessoas mais sensíveis à acção de carcinógenos, isto é, agentes que provocam o desenvolvimento de um cancro ou tumor maligno no organismo, o que explica por que algumas delas desenvolvem cancro e outras não, quando expostas a um mesmo carcinógeno ambiental. Mas, repetimos: o cancro não é comprovadamente hereditário.


Pessoas afro-descendentes não correm risco de ter cancro de pele?


Mito. Qualquer pessoa pode ter cancro de pele, no entanto aquelas com maior concentração de melanina na pele, como as pessoas afro-descendentes, apresentam menor incidência de tumores de pele. Embora seja raro, podem ter cancro de pele, principalmente na palma das mãos ou na planta dos pés. Por isso, todos devem proteger-se do sol usando chapéus e filtros solares adequados.


Cancro de pele é mais comum em pessoas com idade acima de 40 anos?


Verdade. Os efeitos nocivos do sol são acumulativos, por isso é comum que o cancro de pele e suas lesões apareçam após os 40 anos.


Charutos e cachimbos provocam menos cancro de pulmão que cigarros comuns?


Mito. Tanto os cigarros como os charutos e fumo para cachimbos consistem em folhas de tabaco secas, além de outras substâncias. Dentre aquelas já identificadas no tabaco e na sua fumaça, 43 são comprovadamente cancerígenas. Como há mais fumantes de cigarros do que de charutos e cachimbos, a ocorrência de cancro por cigarro é maior, no entanto charutos e cachimbos são igualmente perigosos.


O tabaco causa apenas cancro de pulmão?


Mito. O hábito de fumar é a principal causa do cancro de pulmão, laringe, faringe, cavidade oral e esôfago. Também contribui para o surgimento do câncer de bexiga, pâncreas, útero, rim e estômago, além de algumas formas de leucemia.


A destruição da camada de ozónio aumenta as chances de se desenvolver algum tipo de cancro, principalmente o cancro de pele?


Verdade. Com a destruição da camada de ozónio, os raios UV-B e UV-C aumentam sobre a Terra. Os raios UV-B estão directamente relacionados ao surgimento do cancro de pele e os raios UV-C são potencialmente mais carcinogénicos do que os UV-B.


A maior incidência de cancro de pele ocorre na cabeça, no rosto e no pescoço?


Verdade. Isto porque estas são as áreas mais expostas à radiação.


O cancro tem cura?


Verdade. Embora a medicina indique, sempre, o tratamento individualizado e cada paciente responda de uma maneira particular às terapias, o cancro é curável, desde que diagnosticado precocemente e acompanhado correctamente.


Andar muito de avião ou ficar sempre perto de antenas de celulares aumenta o risco de desenvolver cancro?


Mito. Não há nenhuma comprovação científica de que radiação de celulares, microondas, aviões possa causar tumores. Telefones celulares emitem doses pequenas de radiação electromagnética. Até o momento, os estudos feitos para determinar a relação dessa radiação com o aparecimento de cancro não mostraram nenhuma evidência de que isso ocorra, mas o assunto permanece “em aberto” e mais pesquisas são necessárias para se chegar a uma conclusão. Convém ressaltar que radioactividade em altas concentrações representa riscos para desenvolver um cancro.


Alimentos cozidos em forno de microondas podem provocar cancro?


Mito. As microondas não tornam o alimento radioactivo, nem apresentam risco de exposição à radiação desde que usadas de acordo com as instruções. A exposição a altas doses de radiação por microondas pode ocasionar queimaduras ou cataratas nos olhos, mas a pequena quantidade que pode vazar de um forno caseiro não causa problemas.


O cancro de próstata causa diminuição de virilidade?


Mito. O toque retal não afecta o desempenho sexual de quem é submetido ao exame. Se a doença for descoberta ainda no início, o tratamento não influenciará a actividade sexual do paciente. Portanto não haverá riscos de perda de apetite ou desempenho sexual.


Um paciente com cancro de próstata pode ter perda da masculinidade?


Mito. A única alternativa médica possível para verificar se a próstata está normal ou se há alterações é realizar o exame de toque retal (pois o reto é a via natural de acesso à próstata por ter sua parede ligada a esse órgão). O exame em nada influência a orientação sexual do paciente.


A frequência sexual interfere na ocorrência de cancro?


Mito. Imaginar que uma vida sexual mais ou menos activa influencia a ocorrência da doença. Especialistas afirmam que não há relação alguma entre a frequência sexual e o surgimento de cancro. Cabe aqui informar que a actividade sexual não ajuda a proteger as mamas contra o cancro. O que pode protegê-las contra doenças mamárias é a gravidez e a lactação.


Amamentar protege o peito do cancro de mama?


Mito. Quando o bebé mama, as células mamárias ficam ocupadas com a produção de leite e se multiplicam menos, o que reduz o risco de contrair a doença.


quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

Alto e mau som !




MP3 pode levar dez milhões de jovens europeus à surdez!


Uma conferência em Bruxelas voltou a alertar para os perigos dos leitores Mp3 para a audição e a "catástrofe" que daí advirá se nada for feito. Entre as medidas equacionadas está uma maior limitação do volume máximo permitido.
Ontem, numa conferência promovida pela União Europeia, foi elevado o estado de alerta em relação aos leitores portatéis de música, com vários responsáveis e investigadores a traçarem um cenário negro para o futuro da juventude europeia.
"Sejamos francos: estamos perante uma catástrofe se nada for feito rapidamente", afirmou ontem Stephen Russell da associação europeia de segurança para o consumidor ANEC, estimou que até dez milhões de jovens europeus correm o risco de danificar a sua audição por utilizarem os seus leitores Mp3 com o volume demasiadamente alto.
Os especialistas fizeram ainda questão de referir que não existe qualquer cura conhecida para a perda de audição ou para a tinite - uma doença caracterizada pela sensação de um tinir contínuo nos ouvidos.



A abrir a sessão, a comissária europeia para o consumidor, Meglena Kuneva, recordou que nos últimos quatro anos foram vendidos mais de 250 milhões de aparelhos áudio portáteis na União Europeia e que cerca de 100 milhões de pessoas os utilizam numa base diária.



O presidente da Sociedade Portuguesa de Otorrinolaringologia, João Marta Pimentel, confirmou à Lusa que "há cada vez mais casos de problemas de audição em jovens, o que está a causar preocupação na classe médica", lamentando a inexistência de dados sobre a situação.
De acordo com o especialista, os jovens "não estão informados sobre os riscos" de ouvir música num nível sonoro muito elevado e durante um tempo prolongado. Por este motivo sugeriu que os leitores portáteis sejam vendidos com uma bula, como as dos medicamentos, advertindo para os riscos de perda de audição.
O médico condenou ainda a utilização do tipo de auscultadores que encaixam no ouvido, fazendo "oclusão do canal auditivo", permitindo apenas a audição proveniente do aparelho.






Fonte:Jornal de Notícias, 28 de Janeiro de 2009












domingo, 1 de fevereiro de 2009

Acorde a sua bactéria!

Investigadores israelitas descobriram uma forma diferente de limpar o organismo contra bactérias malvadas: acordá-las. Infecções como a tuberculose, por exemplo, podem aparecer do nada, mesmo depois da maior parte dos seres vivos terem sido eliminados por antibióticos.

Acontece que, quando a bactéria adormece, ela morre de fome, e inibe a sua capacidade de absorver o remédio. Por isso, ao manter a bactéria acordada, e injectando-lhe alguns nutrientes, os cientistas conseguem fazer com que o antibiótico faça efeito no organismo. Em testes, pesquisadores foram capazes de reduzir a população de bactérias em até 99%.